quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

FREDDIE MERCURY

Ou também podemos dizer Farookh Bulsara... Assim veremos mais sobre o  vocalista do QUEEN.


 Nascido em 5 de setembro de 1946 na localidade da Cidade de Pedra, na ilha Zanzibar, (naquela época colônia britânica, hoje pertencente à Tanzânia, na África Oriental), Farookh Bulsara era filho de Bomi e Jer Bulsara, indianos da religião Zoroastriana. Mais tarde em idade escolar tornou-se Freddie, assim chamado pelos amigos e também pela família. 



 O pequeno Farookh Bulsara


 


 
  Bulsara com a irmã Kashimira Bulsara


 Logo cedo Freddie tomou gosto pela música, fazia aulas de piano e foi próximo a Bombaim na St Peters Boarding School (escola inglesa) que Fred formou sua primeira banda chamada “The Hectics” em 1959. Eles só se apresentavam na escola, mas o jovem Freddie sentado ao piano se sentia tocando em um grande palco. 

  

Freddie e os Hectics


 Depois de se formar em sua terra natal, Freddie juntamente com sua família, se mudou em 1964 para Londres - Inglaterra, devido a uma revolução iniciada em Zanzibar. Freddie tinha dezoito anos na época. Em Londres, se graduou em Design Gráfico e Artístico na Ealing Art College, seguindo os passos de Pete Townshend. Esse conhecimento foi útil anos depois quando Freddie foi o responsável por projetar o famoso símbolo da banda Queen. 




Poucos sabem que Freddie era conhecido como um aluno exemplar e muito quieto na escola de artes em que se formou. Sempre com personalidade bastante introspectiva, era um excelente aluno e se graduou com conceito A. Hoje em alguns websites é possível ver uma série de trabalhos em arte visual feitos por Freddie. Mas foi durante a faculdade que ele conheceu o baixista Tim Staffell que tinha uma banda chamada Smile formada por Brian May na guitarra e Roger Taylor na bateria. Freddie participava dos ensaios, fez vários amigos, passou por várias bandas e chegou a trabalhar com Roger Taylor em uma banca no Kensington Market. Freddie estava tão interessado em participar de uma banda que se juntou a um grupo que havia saído de Liverpool em busca de enriquecer e fazer fama na capital. Em agosto de 1969 Freddie tornou-se vocalista de um grupo chamado Ibex e fizeram vários shows na região Noroeste de Inglaterra. Ele saiu de Londres para atuar em sua nova banda e o primeiro show foi em 23 de agosto no Bolton Octagon Theatre. No mesmo ano a história do Queen começa a ser escrita em Liverpool, quando em um dos shows do Ibex, em 09 de setembro, estavam presentes Brian e Roger, que foram ver a apresentação de Freddie, e antes do final do show os dois rapazes se juntaram a ele no palco. Pela primeira vez Freddie, Brian e Roger tocaram juntos em um show de verdade. Uma semana depois Freddie fez seu último show com o Ibex em St Helens College of Technology. De volta a Londres - ele sempre estava em uma banda - e no momento se encontrava em um grupo chamado Wreckage. Em 12 de dezembro Freddie fez sua apresentação final com esta banda no Widnes Wade Deacon Grammar School. No ano seguinte, em 01 março, Freddie participou de uma audição para a banda Sour Milk Sea, onde foi muito bem sucedido. Dentro de 20 dias ele estava atuando ao vivo com eles em Headington Oxford Parish Hall, mas isso só durou três shows e em 03 de abril, no London Temple, ele diz adeus à banda. Sem banda novamente, Freddie descobre que seus dois melhores amigos, Brian e Roger, haviam saído do Smile, e essa era sua chance de juntar-se a eles. Ansioso e com muita convicção, Freddie convidou Brian e Roger para se juntarem a ele e formarem uma nova banda com grandes intenções, como Brian e Roger não tinham nada a perder concordaram. Eles sabiam que precisavam com urgência de um baixista, então Roger chamou seu velho amigo Mike Truro Grose, que concordou e viajou com eles para Londres. Mike já conhecia Brian e Freddie, mas a grande discussão era qual seria o nome da banda? Por fim optaram pelo nome “Queen”. Em 27 de junho de 1970, o Queen se apresentou pela primeira vez no Truro City Hall - mesmo com o show anunciado como Smile (antiga banda de Roger e Brian). Neste mesmo ano Freddie acrescenta o Mercury em seu nome artístico.



Queen na década de 70


 Ainda em 1970, Freddie conhece Mary Austin, com quem vive por aproximadamente cinco anos. Foi com ela que assumiu sua orientação sexual (Freddie era bissexual) e mesmo após a separação continuaram grandes amigos. A música Love of My Life feita por Freddie foi inspirada em Mary, segundo ele mesmo afirmou e os demais membros da banda. Mary foi declaradamente o grande amor de Freddie Mercury.






Freddy e Mary Austin


 John Deacon entra para a banda no ano seguinte, em 1971. O fato se deu quando Brian e Roger estavam na discoteca em Maria Assumpta Teaching Training College e John Deacon também estava lá. Eles já conheciam John de vista, mas foram apresentados oficialmente a ele nesta noite. Durante a conversa disseram que estavam procurando um baixista e perguntaram se ele gostaria de fazer um teste com eles, John rapidamente concordou. Freddie resolve mudar o visual e troca os longos cabelos por um corte baixo, mudando também suas roupas, dando um ar menos setentista. Ele marca a década de 80 com seu bigode, quepe e roupas justas. 





  A voz e a performance de Freddie junto ao Queen levava multidões a estádios e fazia com que cada espetáculo ao vivo fosse único, isso fez de Freddie uma lenda. A banda conquistou público durante toda a década de 70 e virou epidemia nos anos 80. O Queen se apresentou no Brasil em 1981 e retornou em 1985. 





Quenn no rock Rio em 1981


No final do Rock Rio. Queen forever.

Na música  We will rock you o Freedy chegar envolto com a bandeira da Inglaterra quando ele vira está com a bandeira do Brasil, a multidão vai a loucura puxa pra mim é um climax do show, vale a pena conferir.


Entre os inúmeros sucessos do Queen estão músicas compostas por Freddie Mercury como Bohemian Rhapsody, Somebody to Love, Love of My Life e We Are the Champions. A música I Want to Break Free não foi composta pelo vocalista como muitos pensam e sim pelo baixista John Deacon. Muitos a consideram como um hino de libertação homossexual, porém segundo afirmação do próprio Freddie em entrevista a Rede Globo no ano de 1985 a música não tem nada a ver com isso - afirma Freddie que a música era para todos que gostariam de se libertar de algo, não necessariamente se referindo ao homossexualismo.



   
 Bohemian Rhapsody a melhor música do queen para mim.

Somebody to love em Montreal, muito show de bola.
 
 
Independente das polêmicas geradas, Freddie foi um grande astro, sendo considerado um dos maiores cantores de todos os tempos. Um multi-instrumentista, responsável por composições incríveis e dono de uma voz sensacional. Seu maior sonho era cantar ao lado de Montserrat Caballé, realizando-o em 1988, com o álbum Barcelona. Freddie era fascinado pela cantora e ao assistir uma apresentação não sossegou enquanto não gravou e fez uma turnê de um ano ao lado dela. Entre os trabalhos solo além deste estão Mr. Bad Guy (1984) e dois álbuns póstumos The Freddie Mercury Album (1992) e The Great Pretender (1992), ambos lançados no ano de tributo ao cantor. O cantor também foi conhecido pelo pseudônimo de Larry Lurex e pelo apelido Mr. Bad Guy. Em 1991, surgiram rumores de que Freddie estava com AIDS, rumores estes confirmados em uma declaração feita por ele mesmo em 23 de novembro, um dia antes de falecer, o que ocorreu na noite de 24 de novembro de 1991, em sua própria casa, chamada de Garden Lodge ao lado de seus pais. Freddie estava com 45 anos de idade e sua causa-morte foi dada como Pneumonia Bronquial relacionada à AIDS. A comoção foi mundial e repercutiu por todo o mundo, um passo muito importante na luta contra a AIDS. Alguns amigos de Freddie acreditavam que ele havia contraído a doença numa fase em que viveu em Nova York num ritmo de total promiscuidade. Mary Austin (ex-namorada de Freddie) ficou como herdeira da casa do cantor e de grande parte de seus bens passados para ela no próprio testamento de Freddie. Mary recebeu inúmeras homenagens e buquês de flores na casa que era de Freddie, fato esse que continua se repetindo até hoje pelos fãs do cantor, pois o corpo de Freddie Mercury foi cremado e por este motivo não existe túmulo para que seus fãs possam homenageá-lo. Em 25 de novembro de 1992 foi inaugurada uma estátua em sua homenagem, com a presença de Brian May, Roger Taylor, da cantora Montserrat Caballé, Jer e Bomi Bulsara (pais de Freddie) e Kashmira Bulsara (irmã de Freddie) em Montreux, na Suíça, cidade adotada por Freddie como seu segundo lar.



Estátua de Freddie em Montreux - Suíça


 Os membros remanescentes do Queen fundaram uma associação de caridade em seu nome, a “The Mercury Phoenix Trust”, e organizaram em 20 de abril de 1992, no Wembley Stadium, o concerto beneficente “The Freddie Mercury Tribute Concert” para homenagear o trabalho e a vida de Freddie. Ainda no ano de 1992, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, Montserrat Caballé interpreta a famosa canção Barcelona (gravada em 1988) num dueto virtual com o cantor falecido. Ainda hoje o dueto é recordado como um marco histórico da música. Foi lançado um documentário em 2007 que conta sobre a vida e carreira do cantor dirigido por Rudi Dolezal e Hannes Rossacher, contando com depoimentos de famosos da música como Mick Jagger, Roger Daltrey, Elton John, Paul McCartney, Robert Plant, além de contar com depoimentos de seus familiares e dos amigos Brian May, John Deacon e Roger Taylor, há também outros documentários e um livro lançado em 2009 “Freddie Mercury - Memórias do Homem que o Conhecia Melhor”, de Peter Freestone e David Evans. 


QUEEN FOREVER.

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